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Como introduzir o meu cão ao meu gato?

É cada vez mais frequente, cães e gatos dividirem o mesmo espaço e a atenção do mesmo tutor, adaptando-se a hábitos e rotinas diárias de uma vida em conjunto. Esta relação pode decorrer de forma bastante tranquila e até caracterizada por uma grande cumplicidade, desde que seja estabelecida de forma adequada logo de início. Saiba o que deverá fazer para garantir que tudo corre bem.

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Culturalmente, existe uma ideia errada, perpetuada em contos infantis e explorada em filmes como o “Como Cães e Gatos” ou séries como os “Looney Tunes”, de que estas duas espécies de animais de companhia não se relacionam. A verdade é que cães e gatos não são “arqui-inimigos”, sendo possível conviverem em harmonia, através de interações saudáveis, dentro dos limites que os mesmos definem.

De facto, a ideia de que cães e gatos não podem dividir o mesmo espaço sem se “atacarem” ou que os canídeos manifestam sempre comportamentos de predação em relação aos felídeos é um mito, que está longe de ser verdade.

Qual a importância da interação precoce entre cão e gato?

É importante que durante o período de socialização, que decorre entre as 3 e as 12 semanas de idade nos cães e entre as 2 e as 8 semanas de idade nos gatos, que o elemento da outra espécie seja apresentado. Esta oportunidade de contacto fará com que, em idade adulta, a postura perante a presença do outro animal seja de reconhecimento e respeito, evitando que seja interpretada como uma potencial “ameaça”.

Como devo fazer a apresentação do meu cão ao meu gato?

Esta é uma fase crucial para o desenvolvimento da relação entre os 2 animais e que poderá ditar o sucesso ou não da sua co-existência futura. O mais importante é que as etapas do processo sejam previamente estudadas e que a introdução seja gradual, englobando 3 fases principais:

  • 1ª Fase: Contacto olfativo e sonoro – nesta fase inicial, ambos os animais deverão estar em divisões separadas da casa, sentindo o cheiro e o barulho do outro, mas sem se verem ou contactarem fisicamente.
  • 2ª Fase: Contacto visual – neste momento, apesar de se manterem em divisões diferentes para evitar o contacto, deverão estar separados por uma porta de vidro, onde já poderão visualizar-se de forma recíproca.
  • 3ª Fase: Contacto físico – na fase final, sob a vigilância atenta do tutor, deverão permitir o contacto direto, de forma a que se possam explorar, sentindo os seus diferentes odores, tocando-se e começando a interagir.

Estas fases terão uma duração individual variável, desde 1 a 3 dias, podendo o processo durar 1 semana ou mais, se assim for necessário. Na 3ª fase, tenha em atenção que nos primeiros dias, o contacto seja feito apenas sob a sua vigilância, não os deixando sozinhos, até que a relação entre eles e os limites da mesma sejam corretamente estabelecidos.

Quais os principais cuidados a ter durante este processo?

Os principais cuidados, para além do processo  ocorrer de forma gradual, são:

  • Gerir a atenção – o tempo que dispensa com cada animal deverá ser equilibrado, de forma a que não haja a competição pela atenção do tutor, fruto de “ciúmes“, o que poderá ter um impacto negativo na relação entre eles.
  • Tirar partido dos diferentes odores – cada animal tem o seu cheiro próprio e quer os cães quer os gatos são bastante sensíveis a isso. Desta forma, durante o processo de introdução, permita que o cão contacte indiretamente com o cheiro do gato e vice-versa, através das mantas, camas ou até brinquedos, para se habituar à nova presença.
  • Ter paciência – por vezes poderá ser um processo mais moroso, tendo em conta o temperamento de cada animal e, em alguns casos, poderá necessitar de retroceder no processo para garantir bons resultados, avançando posteriormente com maior segurança e eficácia.

Existem produtos que posso utilizar para ajudar?

Sim, existem no mercado, atualmente, várias opções para auxiliar o processo de adaptação de um novo animal. É o caso do uso das feromonas sintéticas como o Adaptil (para cães) e o Feliway (para gatos), que poderão ser difundidas em casa através, neste caso, de difusor. O objetivo é permitir reduzir os níveis de ansiedade, levando a que se sintam num ambiente mais seguro e confortável, propício a uma melhor aceitação do novo elemento.

Tal como o provérbio popular português diz, “depressa e bem, há pouco quem!”, por isso faça uma introdução lenta e gradual e prepare-se para o início de um dos tipos de relação animal mais interessante: a de cão e gato.

 

Tomás Magalhães

Médico Veterinário

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