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Cirurgia da Síndrome Respiratória

Os Bulldog Francês pertencem ao grupo de cães de raça braquicéfala e os problemas respiratórios superiores são muito frequentes nesta raça. A cirurgia reconstrutiva das narinas pode ser necessária.

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A fisionomia do Bulldog Francês

O Bulldog Francês é uma raça braquicéfala (comprimento curto do focinho). A maxila é retraída, o tamanho da cavidade nasal é pequeno e as narinas são estenóticas (muito fechadas) comparativamente a outras raças.

Predisposição para desenvolver problemas respiratórios?

Sim! As raças braquicéfalas, pela sua conformação da face e pelo conjunto de anomalias anatómicas que as caracterizam, estão predispostas à obstrução das vias aéreas superiores. Estas raças estão muito na moda em Portugal: deve assim conhecer os seus aspetos positivos e os menos positivos caso esteja a pensar ter um.

O que é a Síndrome Respiratória do Bulldog Francês?

A síndrome respiratória do Bulldog Francês ou síndrome de obstrução das vias aéreas dos braquicéfalos é composta por diferentes alterações na fisionomia do aparelho respiratório. As mais comuns incluem narinas estenóticas, palato mole alongado (continuação do “céu da boca”) e hiperplásico, sacos laríngeos evertidos e hipoplasia traqueal.

Sinais clínicos – No papel de dono, como desconfiar desta síndrome?

Intolerância ao exercício, estenose das narinas, dificuldade respiratória com “roncos”, aumento da frequência respiratória, ruído respiratório durante o sono (“ressonar”). Os sinais clínicos digestivos surgem associados à síndrome respiratória, e como tal podem ocorrer vómitos e regurgitações esporádicos.

Há resolução para o problema da Síndrome Respiratória?

A correção da síndrome é cirúrgica. A cirurgia pode ajudar na melhoria dos sinais clínicos e na qualidade de vida do animal. A cirurgia deve ser considerada depois dos 6 meses e preferencialmente nos primeiros anos.

Diagnóstico pré-cirúrgico: todos os Bulldog devem ser submetidos à correção cirúrgica?

Nem todos os animais desta raça necessitam de cirurgia e a avaliação deve ser feita por um médico veterinário. O diagnóstico da síndrome respiratória dos braquicéfalos é feito por etapas. As narinas estenóticas diagnosticam-se através da observação visual. Para observação do alongamento do palato mole, eversão dos sacos laríngeos, colapso laríngeo, e para descartar a existência de neoplasias e corpos estranhos é necessário anestesiar o animal e submete-lo a uma laringoscopia. Na avaliação com o animal sedado é realizado também raio-X cervical e torácico para avaliar a existência de hipoplasia traqueal.

Em que consiste a cirurgia?

Consiste na correção do tamanho do palato mole e da abertura das narinas. Caso os sacos laríngeos (situados na laringe) se encontrem evertidos são removidos. Existem diferentes técnicas cirúrgicas que podem ser executadas: com recurso a laser CO2, laser díodo, ou mediante corte e sutura.

Prognóstico

Depende da severidade dos sinais clínicos no momento do diagnóstico e correção cirúrgica e da idade do animal. O prognóstico é tanto melhor quanto mais jovem for o animal, isto porque o aumento da resistência à passagem do ar ao longo do tempo faz com que a cartilagem laríngea se vá degenerando – o que aumenta a dificuldade respiratória e piora bastante o prognóstico mesmo após resolução cirúrgica.

Há precauções a ter por parte do dono?

Tentar que o animal mantenha o peso ideal (informe-se sobre rações light para cães) e promover a restrição de exercício e de situações de stress, para evitar ao máximo o stress respiratório.

Daniela Leal

Médica Veterinária de Animais de Companhia

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