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Ração adaptada à individualidade de cada cão

A alimentação é um dos pilares de saúde para os cães. Uma boa alimentação, adaptada às características de cada cão, permite aumentar a esperança média de vida e diminuir a incidência de doenças. Para além de dever ser equilibrada nutricionalmente, a alimentação pode ter incorporados nutrientes funcionais, que ajudam na melhoria de condições de saúde (específicas para cada cão).

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A nutrição é considerada o 5º sinal vital!

A frequência respiratória, frequência cardíaca/pulso, temperatura e dor são considerados os 4 sinais vitais. Sabia que a nutrição é considerada atualmente como o 5º sinal vital?

A alteração num destes 4 sinais descritos anteriormente pode comprometer a saúde a curto prazo. Alterações nutricionais podem igualmente comprometer a saúde canina de forma direta, em casos de desnutrição ou subnutrição. Contudo, a importância do 5º sinal vital vai para além de situações de desnutrição ou subnutrição: a alimentação incorreta poderá levar ao aparecimento de doenças e debilidade do sistema imunitário a longo prazo.

O objetivo é “respeitar” o 5º sinal vital de forma a que ele seja um aliado importante no reforço da saúde em geral. Uma alimentação não equilibrada ou com baixa qualidade nutricional nem sempre causa problemas visíveis e a curto prazo e, como tal, pode ser difícil identificar se a alimentação atual está efetivamente a contribuir para a saúde do nosso amigo de 4 patas.

É importante ter em conta todas as características do cão para conseguir adaptar a alimentação a cada caso, de forma a que a nutrição contribua, ainda que indiretamente, para o aumento da esperança média de vida. 

Alimentação natural ou alimentação seca?

Ambas têm vantagens e desvantagens. A alimentação canina tem evoluído bastante ao longo dos anos e cada vez mais os tutores se preocupam em alimentar corretamente o seu patudo. Algumas rações são descritas como “naturais” por possuírem ingredientes naturais na sua composição.

A alimentação “completamente natural” não sofre qualquer tipo de processamento (como é o caso da dieta BARF) enquanto que a alimentação seca sofre normalmente um processamento físico. Contudo, as rações secas são equilibradas nutricionalmente e adaptadas ao consumo diário durante toda a vida do animal. A qualidade alimentar das rações secas varia bastante entre rações, pelo que o ideal é ser feita uma avaliação da ração e uma adaptação da alimentação às necessidades de cada cão.

Como é possível adaptar ao máximo a alimentação a cada cão?

O segredo está no conhecimento das características do cão e, claro está, na qualidade e equilíbrio nutricional da alimentação (que engloba não só a ração diária, como também snacks e suplementos).

Quer a opção seja  alimentação natural (BARF) quer seja alimentação seca, devem ser feitos ajustes individuais. O tipo de alimentação e as quantidades diárias podem diferir entre cães da mesma raça, com a mesma idade e peso: se um deles digerir melhor a proteína de frango e o outro tiver predisposição para a queda de pelo, a alimentação e suplementação será diferente para cada um, porque têm necessidades diferentes (apesar de serem muito semelhantes noutros aspetos).

Como tal, a “fórmula” ideal está na conjugação de quantidades e ingredientes incorporados dentro de uma ração, o tipo de snacks e a suplementação extra, e as quantidades diárias ideais para a raça, peso e estilo de vida. Esta combinação é única e, como tal, a alimentação deve ser sempre adaptada individualmente.

Que fatores são mais importantes na escolha da alimentação ideal?

O conjunto de características únicas de cada cão fazem com que as necessidades alimentares dele sejam também únicas. Estas são as características a ter em conta:

  • Fase da vida – aqui importa se o patudo está na fase puppy, júnior, adulto ou sénior. Os cachorros precisam de comer mais vezes por dia e a energia e a quantidade proteica necessária diariamente são diferentes das de um adulto;
  • Raça – A raça de um patudo é importante para a escolha da ração ideal uma vez que determinadas raças são predispostas a determinadas patologias. Sabendo essa informação, a alimentação deve ser adaptada para poder prevenir problemas de saúde. Os cães da raça Bulldog Francês, por exemplo, têm predisposição para problemas de pele (nomeadamente dermatite atópica) e têm a digestão sensível. A escolha de uma alimentação que combine uma boa fonte de ácidos gordos ómega com fontes alimentares facilmente digestíveis, vai ajudar a minimizar o aparecimento desses problemas;
  • Porte – O porte é um fator igualmente importante para que o tamanho do biscoito possa ser escolhido. Cães pequenos, por exemplo, não conseguem mastigar biscoitos muito grandes. Já cães de porte grande devem comer biscoitos com tamanho adaptado aos dentes, para ajudar na limpeza mecânica evitando a acumulação de tártaro;
  • Atividade diária e condição corporal – A atividade diária, condição corporal estilo de vida são importantes não só para a escolha da ração, mas também para a escolha das quantidades diárias de alimento;
  • Castrado/ Não castrado – Um animal castrado tem sempre mais tendência para engordar. Como tal, as doses diárias devem ser ajustadas e pode ser selecionada uma alimentação que permite o controlo de peso (com menos gordura, mais fibra e com uma densidade energética menor);
  • Digestibilidade ou adaptação a determinadas fontes proteicas – Varia de cão para cão e, regra geral, o tutor sabe sempre qual o “sabor preferido”. O historial do cão assume um papel importante neste ponto: é comum que as fezes fiquem mais ou menos formadas quando a principal fonte proteica é o salmão ou frango, a título de exemplo. Claro está que, talvez para grande parte dos cães, este ponto não seja uma preocupação, uma vez que se adaptam a diferentes fontes proteicas de igual forma;
  • Predisposição para patologias – A alimentação funcional pode ser uma mais valia neste ponto. Animais que largam muito pelo ou que têm predisposição racial ou motivada por alguma condição de saúde para o desenvolvimento de alterações articulares, beneficiam da incorporação de suplementos na alimentação ou à parte da mesma;
  • Existência de patologias prévias – No caso da existência de patologias diagnosticadas e que requerem um maneio alimentar, sem dúvida que a alimentação é crucial. Patologias como alergia alimentar, IBD (patologia inflamatória intestinal), insuficiência renal ou hepática crónicas são exemplos de patologias em que a alimentação desempenha um papel essencial.

Daniela Leal

Médica Veterinária de Animais de Companhia

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